Husm deve pedir para incluir mais 300 voluntários nos testes de vacina

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Husm (Divulgação)

O Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) já recebeu 700 voluntários para os testes da vacina da Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca. A meta do hospital é de mil voluntários. Porém, para atingi-la, o Husm ainda espera autorização.

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O pedido precisou ser feito porque a soma de voluntários no Brasil já chegou na meta de 10 mil. Entretanto, este número foi alcançado ainda antes do Husm chegar na sua meta em Santa Maria. Com isso, 300 voluntários ainda aguardam se serão incluídos nos testes. O pedido do Husm para uma liberação adicional já foi encaminhado à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, que é um órgão ligado ao Conselho Nacional de Saúde (CNS) e ao Ministério da Saúde. No Brasil, além de Santa Maria, o estudo é feito em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador e Natal.

O estudo, contudo, não está parado. Agora, a segunda etapa já está em andamento: é quando os voluntários que já receberam a primeira dose recebem o reforço, uma segunda dose.

- Seguimos vacinando. Nesse momento, são os que retornam para o reforço, a segunda dose - conta o coordenador do estudo clínico na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Alexandre Vargas Schwarzbold.

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No estudo, há um grupo que recebe duas doses da vacina teste, que representa metade dos voluntários. A outra metade recebe, na primeira aplicação, uma vacina para meningite. Na segunda aplicação, esse grupo recebe apenas uma solução de água e sal, um placebo. Voluntários e médicos não sabem quem recebeu qual imunizante, e o sorteio é feito pelo computador.

A expectativa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é que as primeiras doses da vacina da Universidade de Oxford contra a Covid-19 sejam aplicadas no Brasil até março de 2021. De acordo com a presidente da fundação, Nísia Trindade Lima, a produção pela Fiocruz deve iniciar em janeiro ou fevereiro com acompanhamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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OS TESTES
O voluntário, depois de selecionado, é monitorado por um ano e deve comparecer a pelo menos seis consultas. A primeira dura cerca de 3h. Neste dia, o participante assina o termo de consentimento, além de fazer uma entrevista clínica, coleta de sangue e verificar sinais vitais. Somente após essas etapas, o voluntário recebe a primeira dose. Depois da aplicação, há um período de observação de 15 minutos.

Caso o participante apresente sintomas respiratórios no período de um ano, ele será encaminhado para avaliação. Por isso, a quantidade de consultas pode variar. Se o voluntário apresentar febre, tosse seca, dificuldade respiratória, terá que retornar ao hospital para fazer o teste de Covid-19. A participação é gratuita e voluntária.

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QUEM PODE SER VOLUNTÁRIO